mil pedaços

2:30 da manhã e mesmo com sono, preciso escrever essa carta porque eu não quero ir embora. Não agora.

Você tá dormindo do meu lado e eu desmonto em mil pedaços quando eu penso como seriam as noites sem você. Eu mal lembro como eram as noites antes de você.

Eu sei que não acabou mas eu me antecipo em te pedir pra ficar.

Nunca fui tão boa nessa coisa de cuidar e de deixar ser cuidada. E toda vez que eu te machuco dói também em mim.

Nunca fui boa em me curar. Eu cutuco as minhas feridas até sangrar.

Você diz que não aguenta mais desculpas, eu não aguento mais me desculpar. Eu quero mudar. Mudança é difícil pra quem nunca soube seu lugar.

Talvez eu mereça tudo que você me diz, talvez e só talvez, eu mereça (com você) ser feliz.

Uma vez eu li que “O amor é uma libélula que pousa na nossa janela pouquíssimas vezes. Corra atrás da sua libélula, sem medo de se machucar. Viva o seu romance. Viva o seu último romance” e eu era jovem demais pra entender, mas você é minha libélula, e eu morro de medo que voe pra longe.

Agora são 2h42, você nem se mexeu nesses 12 minutos que te escrevo, mas, aqui dentro, nada mais está no mesmo lugar, exceto pelo lugar que eu quero estar, aonde você está.

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